Por que filha de Roberto Justus foi 'ameaçada' nas redes sociais por professor da UFRJ
Marcos Dantas, professor aposentado da Universidade Federal do Rio de Janeiro, afirmou que não teve intenção de ameaçar a filha do empresário e classificou...

Marcos Dantas, professor aposentado da Universidade Federal do Rio de Janeiro, afirmou que não teve intenção de ameaçar a filha do empresário e classificou sua fala como uma ironia histórica. A filha de Roberto Justus, Vicky, de 5 anos, aparece segurando uma bolsa avaliada em R$ 14 mil em uma postagem da família Reprodução redes sociais A filha de Roberto Justus, de 5 anos, foi "ameaçada" pelo professor aposentado da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Marcos Dantas após aparecer em uma foto usando uma bolsa Fendi avaliada em cerca de R$ 14 mil (veja acima). A imagem, postada pelo empresário e Ana Paula Siebert Justus, viralizou nas redes sociais. Um perfil batizado como @_Stalinsp comentou a foto: "os bolcheviques estavam certos". O professor, que se apresenta nas redes como Professor Titular da ECO-UFRJ e líder do ComMarx–Grupo Marxiano de Pesquisa em Informação, Comunicação e Cultura, então respondeu ao comentário: "Só a guilhotina...". Segundo Dantas, a expressão foi usada como uma referência simbólica à Revolução Francesa e à desigualdade social, e não teve nenhuma intenção de incitar violência (entenda o contexto histórico mais abaixo). "Era para ser, e continua sendo, uma simples metáfora", escreveu o professor, que tem 77 anos e 55 de carreira no jornalismo. “Nem de longe, em momento algum, passou pela minha cabeça fazer qualquer ameaça ao senhor ou à sua família. Isso seria um absurdo!”. UFRJ repudia fala de professor que sugeriu uso de guilhotina contra filha de Roberto Justus Reprodução redes sociais A universidade afirmou que repudia qualquer incitação à violência e destacou que o professor está aposentado desde 2022, sendo suas postagens de caráter pessoal (veja mais abaixo). Justus e Ana Paula expressaram profunda indignação com os ataques que sofreram nas redes por conta da postagem. "Falaram que tinham que matar a nossa filha, na guilhotina. Matar a nossa família", afirmou o empresário. "Instigar a morte e o ódio é inaceitável. E se a gente assinar embaixo que a internet é a 'terra de ninguém', que todo mundo pode falar o que quer, não é assim que funciona. Se a crítica é boba, tudo bem, cada um tem a sua opinião. Mas instigar a morte de alguém?", disse a mãe da criança de 5 anos. UFRJ repudia fala de professor que sugeriu uso de guilhotina contra filha de Roberto Justus Reprodução Bolcheviques e as revoluções Os bolcheviques eram um grupo revolucionário marxista, liderado por Vladimir Lênin, que defendia a derrubada do regime czarista na Rússia. Em outubro de 1917, eles tomaram o poder e iniciaram profundas transformações políticas, econômicas e sociais, que culminariam na criação da União Soviética. Eles tinham como objetivo eliminar as desigualdades sociais extremas, abolindo a propriedade privada dos meios de produção e promovendo a coletivização, segundo a ideologia marxista. Divisão da esquerda surgiu com a Revolução Russa O sentido atual da frase "os bolcheviques estavam certos" é visto muitas vezes como um meme ou uma crítica mais dura a desigualdade social. Já a "guilhotina" – termo usado pelo professor – se tornou um dos símbolos mais marcantes da Revolução Francesa (1789–1799), sendo amplamente utilizada durante o chamado "Período do Terror", entre 1793 e 1794. Nesse contexto, milhares de pessoas — incluindo nobres, clérigos e até revolucionários — foram executadas publicamente como forma de eliminar inimigos do novo regime e consolidar a república. O instrumento passou a representar, historicamente, a radicalização da luta contra a desigualdade e os privilégios da aristocracia.